Entre o segundo trimestre de 2019 e o segundo trimestre de 2020, a maior queda do PIB foi gerada na área da construção com -2,3% (9,2% para 6,9%), depois nos serviços domésticos com um decréscimo de 1,7% (7,8% para 6,1%), seguido no comércio com -1,1% (18,4% para 17,3%), e por último nos hotéis e restaurantes, também com -1,1% (3,9% para 2,8%).
No segundo trimestre de 2020, a taxa de atividade do país era de 38,4%, a taxa de emprego de 33,4%, o que indica 9,2% abaixo do mesmo trimestre de 2019 (42,6%) e, por último, a taxa de desemprego atingiu 13,1%. Esta última, por sua vez, apresentou um acréscimo homólogo de 2,5% entre o segundo trimestre de 2019 e o segundo trimestre de 2020, sendo o maior aumento registado nas mulheres dos 14 aos 29 anos, com um acréscimo de 5,1% (23,4% para 28,5%), depois homens da mesma faixa etária, com aumento de 4,1% (18,6% para 22,7%). Estes números correspondem ao impacto que o mercado de trabalho recebeu devido às restrições estabelecidas pelo governo para combater a pandemia (Instituto Nacional de Estatística, 2020).
Um fenômeno interessante ocorreu com as faixas etárias da Argentina. Enquanto crianças e adolescentes (0-14 anos) viram a pobreza diminuir, ela aumentou entre os jovens (15-29 anos). É muito provável que a diminuição dos níveis de pobreza esteja associada a políticas sociais voltadas para essas faixas etárias, especialmente a infância e a adolescência, enquanto os jovens, que já estão integrados ao mundo do trabalho e, aliás, provavelmente estão emancipados, portanto, estão muito mais exposto às variações sensíveis da economia em geral e do mercado de trabalho em particular.