Características da juventude da fronteira de Encarnación-Posadas serão analisadas em evento virtual nesta sexta

Projeto

“Juventude e Fronteiras no MERCOSUL” busca caracterizar adolescentes e jovens em áreas de fronteira e reunir evidências para a formulação de políticas que levem em conta as particularidades de seu ciclo de vida e os principais desafios. Inclui diagnósticos e pesquisas, além de oficinas com jovens e adolescentes e campanhas de incidência.

O projeto compreende os pares de cidades Foz do Iguaçu (BR) – Ciudad del Este (PY); Rivera (UY) – Santana do Livramento (BR); Concordia (AR) – Salto (UY) e Encarnación (PY) – Posadas (AR). Nas regiões de fronteira analisadas, a proporção de jovens e adolescentes está entre 22% da população total, em Rivera (Uruguai), e 28%, exatamente nas cidades paraguaias de Encarnación e Ciudad del Este.

Situação em Encarnación

As cidades paraguaias de Encarnación e Ciudad del Este têm a maior proporção de jovens entre as oito cidades analisadas, 28% da população total, enquanto os pares Posadas e Foz do Iguaçu têm 27% da população total. Em Encarnación vivem 37.840 jovens. A cidade também apresenta a maior incidência de uniões precoces (casamentos ou uniões livres) entre as cidades analisadas.

Outro fato que chama a atenção é a maior presença de aluguéis nas cidades gêmeas paraguaias e seus pares: 49,6% em Encarnación e 52,1% em Posadas; e 56,5% em Ciudad del Este e 47,5% em Foz do Iguaçu.

Ao considerar a proporção de jovens (15-29 anos) que apenas estudam, o par Encarnación / Posadas apresenta a menor desigualdade transfronteiriça entre as analisadas: Encarnación (32,8%) e Posadas (41,3%). A proporção é, em geral, maior entre as mulheres do que entre os homens. A maior diferença é observada na faixa etária de 15-19 anos de Ciudad del Este e Encarnación, onde a proporção de mulheres que apenas estudam é 18 e 17 pontos percentuais maior, respectivamente, do que os homens nessas cidades. Além disso, em Encarnación 38,5% só trabalham, 17,4% estudam e trabalham e 11,2% não estudam nem trabalham.

Os dados disponíveis sobre cobertura de saúde permitem observar uma importante diferença entre Argentina e Paraguai. No âmbito nacional, a cobertura de saúde dos jovens de 15 a 29 anos na Argentina (58%) é o dobro da observada no Paraguai (28%). No caso da Argentina, a maior proteção é observada nas primeiras idades, ao contrário do Paraguai, onde a cobertura aumenta com a idade. Essa situação provavelmente se explica por uma associação entre cobertura e entrada no mercado de trabalho.

Para mais informações e outros dados referentes à educação, saúde, proteção social, trabalho, formação do lar, entre outros, especificamente dos jovens nessas cidades de fronteira, por favor revise a publicação “Características socioeconômicas dos jovens nas cidades fronteiriças do MERCOSUL”, que pode ser baixada aqui ou abaixo.