Na apresentação do programa Diálogo de Assunção para a Agenda Social e Agenda 2030, a Coordenadora Nacional da Comissão ODS do Paraguai, Estefanía Laterza, destacou a importância do novo espaço. “É muito importante lançar esses espaços. É essencial podermos ter momentos e lugares como estes para promover reflexões que nos interessem, que possam ser realizadas. Também é importante saber ouvir outras ideias e tentar compreender o mundo”, afirmou.
Além da Laterza, estiveram presentes autoridades e especialistas de organismos internacionais, como do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Associação das Regiões Fronteiriças da Europa (ARFE), ministérios e instituições nacionais, como Ministério de Relações Exteriores, Saúde e Desenvolvimento Social do Paraguai, Conselho Nacional de Coordenação de Políticas Sociais e Ministério de Desenvolvimento Social, da Argentina, Fundação Oswaldo Cruz, do Brasil, e Ministério do Desenvolvimento Social do Uruguai.
Além disso, foram recebidos profissionais e pesquisadores vinculados a universidades e centros de estudos dos quatro países do MERCOSUL, consultores internacionais e jovens estudantes que atuam em regiões de fronteira.
A pandemia do Covid-19 foi analisada diretamente em algumas das atividades e indiretamente em todas as atividades. O Diretor Nacional de Vigilância em Saúde do Paraguai, Guillermo Sequera, participou de uma das sessões e lembrou a importância do trabalho em saúde que feito a partir dos territórios e da importância da dinâmica entre profissionais de saúde, cientistas sociais e geógrafos, por exemplo.
“Desde o âmbito da Saúde ainda temos que aprender a ler o território, especialmente os microterritórios, ou seja, os territórios locais, os lugares da vida cotidiana, onde se especificam os modos de viver, de adoecer e de construir saúde. Essa simbiose entre o geógrafo, o cientista social e profissionais de saúde precisa ser fortalecida. Não só por conta da epidemia, mas por conta de todos os problemas de saúde que temos”, comentou.
Uma das sessões mais especiais foi aquela que apresentou o projeto “Juventude e Fronteiras no MERCOSUL”, que é desenvolvido entre o ISM e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Empolgada com o projeto e com o espaço proporcionado pelo ISM e UNFPA, a jovem fronteiriça uruguaia Valentina Gularte, que mora em Rivera, mencionou que esta foi a primeira vez que pôde falar como uma jovem da fronteira.
“Como é bom ouvi-las e ouvi-los, e como é bom compartilhar experiências. Fazemos parte de uma cultura que mistura dois países e às vezes não nos identificamos apenas com a cultura de um dos países. É muito importante estar aqui e principalmente sentir-se mais representado”, disse.