Materiais de projeto sobre juventudes fronteiriças são base de disciplinas, cursos e reuniões técnicas

Os materiais do projeto “Juventudes e Fronteiras no MERCOSUL”, desenvolvido pelo Instituto Social do MERCOSUL e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), vêm sendo trabalhados em disciplinas universitárias, como base de cursos e reuniões técnicas em regiões de fronteira do MERCOSUL. Todo o material está disponível no site do projeto, em www.ismercosur.org/juventudes. 

Já foram mais de 10 iniciativas nos quatro pares de cidades gêmeas analisados. Confira algumas.

Em Foz do Iguaçu, Brasil, o conteúdo foi tema da última aula da disciplina Políticas Educativas, disciplina obrigatória aos cursos de licenciatura da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Os estudantes tiveram que ler a publicação “Características socioeconômicas das juventudes nas cidades de fronteira do MERCOSUL” e depois poderiam fazer consultas com o representante do Instituto Social do MERCOSUL na aula, Renan Xavier, chefe de Comunicação, que apresentou o projeto. Agora, deverão produzir um material final para a disciplina nos moldes do estudo, que segundo a professora Jorgelina Tallei, deve abordar o universo da própria universidade. 

Com ISM e UNFPA, a UNILA também foi anfitriã do evento “Desafios das juventudes da fronteira de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este” que contou com mais de 250 participantes registrados em 23 de junho. O chefe de Promoção e Intercâmbio de Políticas Sociais do ISM, Nahuel Oddone, e o consultor do projeto, Fabricio Vazquez, apresentaram os resultados do projeto até o momento nesta atividade que contou com a participação da representante do UNFPA Brasil, Daniela Florio.

Disponível aqui, o webinar serviu como material de sala de aula para os alunos da disciplina optativa “Juventude e Políticas Públicas”, do Departamento de Ciências Sociais do Centro Universitário Regional Litoral Norte da Universidade da República do Uruguai (UDELAR), também região de fronteira do Uruguai. Como atividade, os estudantes tinham de assistir ao webinar e analisar questões como “categorias conceituais”, “problemas sociais”, “características das políticas sociais para os jovens”, particularidades dos jovens uruguaios em relação aos pares argentinos” e “desenho institucional necessário para desenvolvimento de políticas para os jovens”.

Outra iniciativa com a UDELAR, neste caso com o Centro de Estudos sobre Políticas Educativas (CEPE) da sede de Rivera, será realizada em outubro. Trata-se de um curso de extensão de dois dias dirigidos aos universitários da região que terá como foco as juventudes e as fronteiras. O curso será realizado no marco do projeto em parceria entre ISM, UNFPA e UDELAR.

Já em Encarnación, Paraguai, os materiais foram discutidos pela consultora do projeto Mariana Oeyen em oficina de curta duração no marco do VII Encontro de Pesquisa em Ciências Jurídicas Humanas e Sociais, organizado pela Universidade Autônoma de Encarnación, Conacyt, CDIA e outros. Mariana abordou mais especificamente a ferramenta de levantamento para a identificação de políticas de adolescência e juventudes nos territórios de fronteira do MERCOSUL, desenhada na primeira etapa do projeto.

Em outro ponto de fronteira analisado pelo estudo, Concórdia (Argentina) e Salto (Uruguai), os materiais já foram analisados e discutidos no âmbito de reuniões técnicas com atores municipais locais dos dois lados da fronteira, em especial vinculados às prefeituras, e a partir de foros promovidos pelo Comitê da Bacia do Rio Uruguai, formado por dezenas de municípios argentinos, uruguaios e brasileiros.

No âmbito político, os resultados também foram apresentados durante atividades diversas da Presidência Pro Tempore Argentina do MERCOSUL, como o Foro Vulnerabilidades Sociais de Fronteira, Reunião de Pesquisadores, Conselho do Instituto Social do MERCOSUL e Grupo Técnico da Reunião de Ministros e Autoridades de Desenvolvimento Social do MERCOSUL.